19 maio 2010

Poetry

Once a wise men told me that poetry was freedom. That time I thought he was wrong and poetry wasn't freedom but love. Years later I was writing a poem and the subject was loneliness. So I realized that your poetry was actually the words that speak without knowing that you're helping them to go on.


"Sou o fundo de uma malga usada,
Empilhada com pratos, copos e talheres,
Que espera alguém que lhe passe o esfregão.

Vi fugir todos os condimentos.
A cada colherada ficava mais frágil,
Mais inútil.
Sem nada para segurar.

Vi o céu aproximar-se gradualmente
Até me esmagar contra o tampo da mesa.

Vi o mundo afastar-se,
Deixando-me aqui solitário...
Tendo como miragem um fio de água da torneira.

Só me resta o contentamento
De ser apenas o fundo de uma malga suja,
Sem planos futuros,
Sem fio de água,
Sem esfregão,
Sem felicidade,
Sem sonhos,
Solitário,
Sem vida."

04 maio 2010

Resoluções

Depois de passada a loucura, mas ainda numa incerteza de frágil estado, vejo um futuro com mudanças. Aquela palavra que assusta e sabe bem, ou queremos e sabe mal, ou não nos apercebemos do sabor, ou não a notamos.
O certo é que num tempo que não pára e que avança cada vez mais rápido devido à sua relatividade nas nossas vidas a palavra mudança não é ainda nem será algo que se possa entender como bom ou mau.
Parabéns aos audazes que a inserem por mérito nas suas vidas.
Quanto a mim tenho na palavra mudança uma resolução e vou mudar mais coisas para que as resoluções também possam, assim, ser mais.