02 fevereiro 2017

Gostava de te lamber a lágrima da cara.

Gostava de te lamber a lágrima da cara.
Aquela que soltas ao emocionar-te com a felicidade pura de qualquer coisa palerma, exageradamente palerma, que te faça feliz, estupidamente feliz.
Esporrava-te a cara de metáforas, antíteses e hipérboles e nem toda uma banheira branca era poesia suficiente.
No auge de toda a pseudo-intelectual poesia de de duas e meia de uma noite em claro que me invade surge a ousadia de te querer mais do que nunca aqui comigo. 
Só a estar aqui.
Para te lamber a lágrima da cara.
passar a tua pele lentamente pelas minhas mãos. 
Muito de leve.
Rimar suspiros
com acanhados sorrisos.
E deixarmo-nos estar. 
Só estar.
Amo-te, acho que é isso.
Se não for lamber-te-ia na mesma a lágrima da cara,