21 fevereiro 2011

Uma escrevaninha no meio de um quarto ou uma cortina de fumo proveniente do último cigarro da noite.

A luz do candeeiro rompia a noite enquanto as palavras corriam à frente da caneta de tinta azul. Naquela noite de lua quase cheia tudo em mim era feliz e claro. Apreciava calmamente os sons da casa e da rua. No interior quente respirava por imaginação o ar fresco que pairava sobre a fina camada de neve nas ruas da cidade ainda viva.

Dei por mim a perguntar neste caos de calma se era sorte aquele meu estado pacífico. Não houve resposta ou eu não a ouvi. Mas não estranhei, pois sabia que as ideias que me fluiam no papel reciclado da sebenta um dia seriam importantes e concretas por seu efeito. Estava feliz e transpirava-o.