15 março 2010

II - Aqui onde se sonha

E se pensa em ti,

Que só lês,

Perde-se a fantasia

Sem saber os porquês.

Esta tamanha liberdade que só se entende vivida

De prosa poética e poética prosa

Que em ti não é entendida,

Se falhar o perdido e esquecido

Exangue pensamento

No que não interessa

E não é necessário,

Que passo bem sem ele,

Rio de fervor.

E exalto deuses de muito pouca divindade,

Que menos que eu são

E amordaçados à realidade

Da vida que tenho má

E de bons momentos.

Se assim pensados

Que ou não são vagos.

Não esqueçam tu e ele

Que se por aí não passei

Mais que tu sei

E dele nada tento,

Pois a ti melhor conheço:

Lês-me o conselho

Que não deve ser ouvido.

E se nada ou tudo foi entendido

Desta repetida liberdade

Num importuno desabafo

Se expõe de incoerência abusiva

Um sonho de desrespeito e espontaneadade.

Ser inato e só que aqui te prostras nu.

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