II - Aqui onde se sonha
E se pensa em ti,
Que só lês,
Perde-se a fantasia
Sem saber os porquês.
Esta tamanha liberdade que só se entende vivida
De prosa poética e poética prosa
Que em ti não é entendida,
Se falhar o perdido e esquecido
Exangue pensamento
No que não interessa
E não é necessário,
Que passo bem sem ele,
Rio de fervor.
E exalto deuses de muito pouca divindade,
Que menos que eu são
E amordaçados à realidade
Da vida que tenho má
E de bons momentos.
Se assim pensados
Que ou não são vagos.
Não esqueçam tu e ele
Que se por aí não passei
Mais que tu sei
E dele nada tento,
Pois a ti melhor conheço:
Lês-me o conselho
Que não deve ser ouvido.
E se nada ou tudo foi entendido
Desta repetida liberdade
Num importuno desabafo
Se expõe de incoerência abusiva
Um sonho de desrespeito e espontaneadade.
Ser inato e só que aqui te prostras nu.
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