22 dezembro 2015

Soneto ao teu canto da boca

Ecoam gritos nocturnos de silencio
Nós felizes taciturnos de amarras
Que ao afundar cegos sonhos
Jazem-me com pregos ferrugentos.

Falam-me de amor aos olhos abertos
Cercam-me sem cor os velhos almejos
Repetem, repetem-te franca e repetidamente
Da tua pele o cheiro branca e perfumada

Cruel noctivago pensamento insónio
Passaria dormindo ser isento são
Plebeu de ti aristocrata fervente

Tornar-me-ei Siddhartha com um passo
Num raios te parta o lábio de baixo
E sorriso aberto bem lento em mim fica.

Sem comentários:

Enviar um comentário